quarta-feira, 22 de julho de 2015

Avaliação da economia da conta de Energia Elétrica de sua empresa

 
Com a elevação das tarifas de energia elétrica, os empresários buscam alternativas que visam a redução dos  custos para manter o mercado e a margem de lucro de seus produtos em limites desejáveis.

É possível calcular a redução de custo da energia elétrica de uma empresa apenas com alguns dados das notas fiscais da companhia de energia. São dados que permitirão estudar e planejar as melhores opções disponíveis de economizar.

O objetivo deste informativo é calcular os ganhos possíveis de se obter através da implantação de novas tecnologias de geração, ou, mesmo de novas filosofias de contratos de fornecimento que reduzam as tarifas e permitam atingir um custo menor de energia elétrica no final de cada mês.

Se o senhor empresário tiver interesse de fazer essa avaliação para sua empresa basta enviar as informações que será um prazer apresentar a análise de sua conta de energia, sem quaisquer custo.
Estes dados podem ser enviados de duas formas:

1.  Enviar uma cópia da nota fiscal de energia elétrica, emitida pela concessionária, para o email ou telefone citados  abaixo, de onde poderemos  retirar as informações e calcular as alternativas de redução de custos, disponíveis para sua empresa;

2.  Copiar a tabela abaixo, preencher com as informações pedidas, que se encontram na  nota fiscal emitida pela concessionária de energia elétrica; e,  enviar para  o email ou telefone citados abaixo.

É importante frisar que as informações podem ser passadas em caráter privado, sem nenhum detalhe de identificação da empresa, apenas  um email, onde poderá ser repassada a resposta com as alternativas disponíveis de redução de custos para a conta de energia elétrica.

Após o contato, se a análise for satisfatória, e, se houver o interesse da empresa, estaremos à disposição para abrir uma negociação a fim de implantar um programa a partir das sugestões apontadas e por em prática o processo de economia de energia elétrica da empresa em questão.

Ficamos a inteira disposição de V. Sas.,  para maiores detalhes.
 
 
Aldemir Jorge
 
 
 
Email de contato e envio de dados: :  aldemirjorge@uol.com.br 
 
Telefone de contato e envio de dados: 031 9831-3426
 
 
Tabela para envio de dados:
 
 Dados da conta de energia elétrica:

Concessionária
 
Tipo de Contrato
 
Demanda
HFP
 
KW
HP
 
Mês
Demanda Real  KW
Consumo Real   KWh
 
 
HFP
HP
HP
HFP
atual
 
 
 
 
1° anterior
 
 
 
 
2° anterior
 
 
 
 
3° anterior
 
 
 
 
4° anterior
 
 
 
 
5° anterior
 
 
 
 
6° anterior
 
 
 
 
7° anterior
 
 
 
 
8° anterior
 
 
 
 
9° anterior
 
 
 
 
10° anterior
 
 
 
 
11° anterior
 
 
 
 
12° anterior
 
 
 
 
Média
 
     
email contato
 
nome contato
 
telefone
 
 
 

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A importância de cada player no custo da energia Elétrica

Existem vários  fatores e agentes que interferem na composição do custo da Energia Elétrica no Sistema Brasileiro.

A composição das Tarifas, definidas pela ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica), órgão controlador do Sistema, é feita à partir de dados recebidos das entidades envolvidas, estudados sob a ótica dos contratos de concessão assinados com os Agentes Operacionais, discutidas em Audiências Públicas e posteriormente aprovadas pela Diretoria em Reuniões Públicas.

Como podemos observar, existe um sistema democrático de avaliação dos dados e a definição das Tarifas que serão pagas pelos consumidores, que são elaboradas  de forma transparente.

A dificuldade acontece antes, diante dos vários fatores e agentes que interferem e são fundamentais na política, na governança das instituições, na filosofia e nos objetivos de cada um dos personagens envolvidos no conjunto do Sistema Elétrico Brasileiro.

Os fabricantes de equipamentos para a geração de energia, os responsáveis pela Sustentabilidade do Meio Ambiente, o Governo, o Congresso, os Agentes operacionais do sistema, os Investidores, os Órgãos envolvidos tais como: ANEEL, ANP, EPE, CNPE, NOS, CCEE e outros, as alternativas de geração de energia e os consumidores Cativos e Livres, exercem pressões sobre o Sistema de forma a atingir seus objetivos individuais, alguns desejando elevar as tarifas, outros querendo diminuí-las e outros apenas controlá-las.

Na Pizza, a seguir, observem como a atuação de cada agente influi na definição das Tarifas de Energia Elétrica:
  


(Clique duas vezes para assistir em tela cheia)

 A decisão tomada, individualmente, interfere diretamente em vários outros agentes, que vão reagir, imediatamente, contra ou a favor e pedir ressarcimento de perdas ou questionar vantagens dos outros.
Estes são os costumes e a tradição dos negócios e da vida democrática que desejamos viver.

É muito fácil sentar numa cadeira e digitar em um artigo de jornal ou revista, ou mesmo falar em um programa de TV ou rádio, ou, ainda, discursar em uma plenária, um comentário sobre a eficiência de uma medida tomada por um órgão de governo, ou um agente qualquer.

É preciso muita inteligência e conhecimento para emitir opiniões, para não contaminar o ambiente, já extremamente alterado com as tarifas elevadas e necessitando da implantação de soluções difíceis para todos.

Observem a complexidade do Sistema Elétrico Brasileiro e sua constante e enorme  volatilidade em função da dependência de efeitos internos citados acima e, ainda, de efeitos  externos, causados pela  forte presença da fonte de geração de energia hidráulica com peso acima de 60% na matriz do sistema  e sua imprevisibilidade, no médio e longo prazo.

A geração hidráulica é uma fonte limpa e renovável, com vantagens  enormes, mas carrega junto um elevado risco de incertezas, o que exige a implantação de  geração de energia de reserva.

Considerando estes fatores e a dificuldade para os empresários de acompanhar toda esta complexidade e o peso deste insumo na sua matriz de custo fabril, é importante a procura de um especialista no assunto para apoiá-lo.

Os especialistas estão a sua inteira disposição para ajudá-lo no entendimento das variáveis do processo e nas possibilidades de atingir as melhores filosofias de trabalho e os melhores resultados econômicos para sua empresa.

As decisões dos empresários é que mantém a segurança e a vitalidade econômica de suas empresas.
 
 

segunda-feira, 6 de julho de 2015

CASEs de redução do custo de Energia Elétrica – Julho/2015

Ao falar de energia elétrica todos nós pensamos no alto custo e na elevação de preços que ela sofreu nos últimos meses. A tendência é piorar, os custos se elevarem e as tarifas aumentarem ainda mais. A corda vem arrebentado pelo lado mais fraco, isto é, do consumidor. E, é o consumidor que precisa rever seu comportamento a fim de não sofrer tanto com estes aumentos tarifários.

Hoje, venho apresentar soluções para este problema. Abaixo cito quatro exemplos do quanto é possível reduzir nos gastos com a tão preciosa energia elétrica.

Objetivo: Demonstrar as possibilidades de redução nas contas de Energia Elétrica das empresas.

Obs.: Os valores são considerados a preços de hoje.
 
 
CASE 1

Se o Custo de energia = R$40.000,00/mês, com impostos (ICMS e PIS-COFINS);
 
a) a redução seria de 15% a 25%, no primeiro ano de contrato
= economia de R$8.000,00/mês ou = R$96.000,00/ano;
e mais a redução de 25% crescente (mínima), nos 5 anos seguintes:
= economia de R$10.000,00/mês ou = R$120.000,00/ano

b) a redução seria de 70% a 90%, nos primeiros 6 meses de contrato
= economia de R$32.000,00/mês ou = R$192.000,00/6 meses;
e mais a redução de 25% (mínima), nos 5 anos seguintes:
= economia de R$10.000,00/mês ou = R$120.000,00/ano.
 
CASE 2

Se o Custo de energia = R$100.000,00/mês, com impostos (ICMS e PIS-COFINS);

a) a redução seria de 15% a 25%, no primeiro ano de contrato
= economia de R$20.000,00/mês ou = R$240.000,00/ano;
e mais a redução de 25% crescente (mínima), nos 5 anos seguintes:
= economia de R$25.000,00/mês ou = R$300.000,00/ano

b) a redução seria de 70% a 90%, nos primeiros 6 meses de contrato
= economia de R$80.000,00/mês ou = R$480.000,00/6 meses;
e mais a redução de 25% (mínima), nos 5 anos seguintes:
= economia de R$25.000,00/mês ou = R$300.000,00/ano.
 
CASE 3

Se o Custo de energia = R$200.000,00/mês, com impostos (ICMS e PIS-COFINS);

a) a redução seria de 15% a 25%, no primeiro ano de contrato:
= economia de R$40.000,00/mês ou = R$480.000,00/ano;
e mais a redução de 25% crescente (mínima), nos 5 anos seguintes:
= economia de R$50.000,00/mês ou = R$600.000,00/ano

b) a redução seria de 70% a 90%, nos primeiros 6 meses de contrato
= economia de R$160.000,00/mês ou = R$960.000,00/6 meses;
e mais a redução de 25%, nos 5 anos seguintes:
= economia de R$50.000,00/mês ou = R$600.000,00/ano

CASE 4

Se o Custo de energia = R$500.000,00/mês, com impostos (ICMS e PIS-COFINS);

a) a redução seria de 15% a 25%, no primeiro ano de contrato:
= economia de R$100.000,00/mês ou = R$1.200.000,00/ano;
e mais a redução de 25% crescente (mínima), nos 5 anos seguintes:
= economia de R$125.000,00/mês ou = R$1.500.000,00/ano.

b) a redução seria de 70% a 90%, nos primeiros 6 meses de contrato
= economia de R$400.000,00/mês ou = R$1.600.000,00/6 meses;
e mais a redução de 25% (mínima), nos 5 anos seguintes:
= economia de R$125.000,00/mês ou = R$1.500.000,00/ano.
 
Recorrer a um especialista no assunto já deixou de ser um luxo e passou a se tornar necessário. Com um planejamento apropriado para cada tipo de empresa as despesas podem ser reduzidas como demonstrado nos quatro Cases acima.

Se estas possibilidades de economias interessarem aos Srs. Empresários, procurem imediatamente estes experts no assunto Energia Elétrica. Porque as tarifas continuarão crescendo com índices altos, devido às dívidas elevadas com o “cartão de crédito” e compromissos assumidos com bancos, pelo Sistema Elétrico Nacional, que precisam ser pagas e, ainda aos “esqueletos escondidos” (acertos com geradores, Bandeiras Tarifárias, despesas extras com geração térmica, garantias físicas e etc.) que significam valores acima de R$63 bilhões.

Estes “esqueletos” serão, ainda, incluídos nas tarifas dos consumidores cativos ou livres, industriais, comerciais ou residenciais, a partir de 2016.

Se as tarifas já estão elevadas serão ainda maiores. Pois, o governo brasileiro não tem condições de repor e as dívidas não podem deixar de ser pagas pelo Sistema.

Isto tornaria o Sistema Elétrico insolvente e completamente falido, com risco enorme de ruptura e uma consequente crise energética séria e total no país.

O que significa em resumo: RACIONAMENTO, FALHAS de SUPRIMENTO e PERDA da QUALIDADE da ENERGIA ELÉTRICA no país.

É interessante frisar que o investimento necessário para garantir estes ganhos será bancado por financiamentos do BNDES e FINAME e as parcelas mensais de pagamento (48) foram incluídas dentro das economias previstas.

Não existem milagres, avalie a matriz de custos de sua empresa, observe a importância do item Energia Elétrica e tome providências urgentes.

A sobrevivência de seu negócio depende de suas ações.
 
 
 

 

terça-feira, 26 de maio de 2015

As tarifas de energia elétrica estão elevadas e vão continuar aumentando. E daí ...

O setor elétrico brasileiro está passando, novamente, por uma fase de transição  e adequação as novas fontes de geração de energia e aos novos custos envolvidos.

A nossa dependência histórica da geração hídrica, superior a 70% dos anos 80, os custos e riscos que ocasionaram elevados custos nos últimos anos, devido aos problemas  de falta de planejamento ainda  vão continuar cobrando  mais caro dos consumidores brasileiros.

Senão veja no gráfico I :
 
Gráfico I
A correção das tarifas acima de 50% em 2015 e nos próximos anos, com índices, provavelmente decrescentes, mas ainda acima de 2 dígitos, aprox.:  25%, 20%, 18%, 16%  15%, respectivamente em 2016, 2017, 2018, 2019 e 2020, serão apenas consequências do pagamento do “ Cartão de Crédito”  dos gastos já incorridos nos anos de 2013, 2014 e 2015  pelo sistema elétrico, para superar a grave crise de falta de chuvas no período.

No gráfico II, observa-se:
 
Gráfico II
Como aconteceu no passado recente, até o ano 2000, a existência de chuvas que proporcionavam Energia Natural Afluente (ENA) acima da Médiade Longo Prazo conhecida (MLT) , permitiam a recuperação dos grandes reservatórios  (de 5 anos de estocagem de água-energia)  existentes nos projetos até 1990, que  atingiam até 80% no final do período chuvoso (úmido nov-abr) e depois reduziam para 50% no período seco  (abr-nov).
 
Atualmente, com projetos de reservatórios pequenos, com estoque de água/energia de apenas 1 a 2 anos, devido a vários motivos:

- proteção do meio ambiente;
- redução pressão das ONG protetoras dos indígenas e outros ocupantes de terras;
- pressão dos invasores de terras e etc;
- custos elevados das desapropriações e etc.

A redução do ENA, devido a falta de chuvas regulares (efeito estufa – mudança do clima) fizeram com que os reservatórios  do Sudeste e Centro Oeste (principais do sistema) atingissem, apenas 33% e a tendência  é que cheguem a aproximadamente 10% em nov/2015, no fim do período seco.
 
Como vamos garantir a geração de energia hidroelétrica, se a “boca dos tubos” de captação das turbinas fica acima de 10%, nível mínimo do reservatório aproveitável?
 
Será preciso decretar novo RACIONAMENTO de energia elétrica  como em 2001?
Qual será o novo custo adicional da energia elétrica para suportar a nova crise?
Qual será o efeito sobre a economia, já em recessão confirmada de 2% em 2015?
E qual será o nível de desemprego? Será que vai de 6% para 12%?
 
Tudo isto é especulação, mas interfere significativamente com a economia e a situação dos empresários brasileiros. Infelizmente, informo que: ainda existem R$ 63 bilhões de “esqueletos escondidos” que serão ressuscitados e pagos a partir de 2016, conforme revisão do gráfico I observados no gráfico III, a seguir.
 
Gráfico III
São eles:
- Bandeiras tarifárias – com tarifas insuficientes;
- GSF – conta de garantia das geradoras e acerto de venda de contratos não gerados;
- Indenização das novas concessões das geradoras pela Resolução 579/2012;
- ESS – Encargos Serviços dos Sistemas que continuam elevados e ficaram assim até o final de 2016, devido a continuação da operação das geradoras térmicas.
 
Novamente, sugiro aos empresários brasileiros das pequenas e médias empresas (industriais, comerciais e de serviços ) que busquem apoio de “experts” em energia, para orientá-los e que preparem em conjunto e urgentemente, projetos de redução de custos e eficiência energética para  que seus negócios não se tornem inviáveis  economicamente  ou que passem a viver apenas de resultados positivos do passado.

Existem alternativas de projetos que proporcionam economias entre 20 e 80% dos custos atuais de suas contas de energia elétrica,  que eles podem  ajudar a implantar. Os resultados serão imediatos e de longo prazo, com referências sólidas e economicamente positivas.

Os “experts” estão sempre a sua disposição.
 

sexta-feira, 10 de abril de 2015

E agora ..... ? Como sobreviver ?


No início de 2013, ocorreu uma redução de 20% no custo das tarifas de energia elétrica, incentivando o crescimento do consumo.

Durante o período úmido (meses de dezembro a abril) de 2013/2014 e 2014/2015, a recuperação do nível dos reservatórios das hidroelétricas não foi suficiente, devido a baixa incidência de chuvas. Isto ocasionou a elevação do PLD (preço do mercado spot de energia elétrica), para o valor teto, acima de R$800,00/MWh, contra valores históricos de R$30,00 a  R$130,00/MWh.

As distribuidoras e alguns consumidores livres, apanhados de surpresa, sem lastro de contrato de longo prazo, foram obrigados a comprar no mercado spot e assumir custos que causaram elevado déficit financeiro no sistema elétrico nacional.

O governo aportou R$6 bi do CDE e, através de R$17,1 bi  de empréstimos bancários via CCEE às distribuidoras de energia elétrica, distribuiu o impacto por 4 anos, de 2015 a 2020.

Ficou um grande “rombo no Cartão de Credito”   do sistema a ser pago pelos consumidores a partir de 2015, porque foi eliminada o aporte do CDE pelo governo a partir de 2015, devido a baixa do seu caixa.

Aí vieram as aplicações das novas correções das tarifas:

a) Bandeiras Tarifárias- a partir de janeiro/2015
 - verde-  sem aumento
 - amarelo- R$15,00/MWh e depois  R$25,00/MWh
 - vermelha-  R$30,00/MWh  e depois   R$55,00/MWh

b) RTE - Reajuste Tarifário Extraordinário – a partir 27/02/2015
em média 30% , para cobrir:
 - aumento energia Itaipu (46%);
 - perda aporte CDE aprox. R$20 bi;
 - empréstimos bancáriosR$17,1 + 3,1  bi;

c) Revisões tarifárias anuais distribuidoras (mês  contrato)
 - Variação de 10 a 15% .

As tarifas de energia elétrica das várias distribuidoras aumentarão de 30 a 50%, dependendo das características de cada uma delas.

Os aumentos das tarifas e encargos de energia impactam fortemente os consumidores cativos (ACR)e, também, os consumidores  livres (ACL), das grandes e médias empresas, (indústria, comércio e serviços), obrigadas a reverem as  tabelas de custo de seus produtos em um período de queda de vendas pela recessão da economia brasileira.

Além disso, existe uma forte tendência de aplicação de um RACIONAMENTO de energia elétrica, nos moldes de 2001/2002, o que aumentará, ainda mais, a recessão econômica.
Como os empresários podem reagir?
 
Os agentes do sistema elétrico debatem alternativas e a imprensa vem divulgando o assunto intensamente.

OMME (Ministério das Minas e Energia) e  a ANEEL, após discussões e audiências,  tem emitido novas  Resoluções e Portarias visando mitigar os impactos e, principalmente, impedir o RACIONAMENTO de energia elétrica, através da redução do uso da energia distribuída pela rede (GRID)  e pela introdução da GERAÇÂO DISTRIBUÌDA.

Estas alternativas são de aplicação imediata e podem significar economias de 20% a 40% no custo do insumo energia elétrica de cada empresa.

As soluções são complexas, como tudo no sistema elétrico, e as empresas precisam avaliar com cautela e apoio de experts no assunto, aquelas que melhor se ajustam  às suas necessidades.
 
As medidas devem ser aplicadas com urgência, porque trarão efeito rápido e por um longo tempo ajudarão a amenizar os efeitos das dificuldades atuais, que não são poucas e pequenas na economia brasileira.
 
 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Bandeiras de Energia: o que são e como funcionam

Cálculos de custos (clique na imagem para ampliar)
 
No Brasil, o custo mensal da Energia Elétrica, calculado e estabelecido pela ANEEL para cada distribuidora, é composto das seguintes parcelas:

1 –DEMANDA
Parcela responsável pela remuneração da infraestrutura de transmissão e distribuição de energia elétrica. É calculada em função da carga de cada consumidor.  É um valor fixo mensal e caso ocorra ultrapassagem da demanda contratada será cobrada uma penalidade (3 x tarifa pela demanda acima da contratada).

2 - ENERGIA
Existem duas classes de consumidores: A e B. Os consumidores da Classe B não possuem diferenciação de horário de consumo, mas os da Classe A (acima de 2,5 KV) possuem uma divisão em dois tipos de horário: PONTA ( normalmente de 18:00hs às  21:00hs) e FORA DE PONTA (restante do dia). Isto ocorre devido ao pico do consumo no horário de PONTA, onde é fixado um aumento das tarifas, para desestimular o consumo neste período.
 
3 - ENCARGOS
Esta é a parcela onde são incluídas: a Taxa de Fiscalização da ANEEL, as contribuições da CIDE e da CCC e o ESS, que são os Encargos do Serviço do Sistema.. Podemos dizer que são as despesas extras, ocasionadas por manutenções ou emergências em linhas de transmissão ou subestações ou ainda uso de fontes de geração de energia elétrica mais cara que a estabelecida no padrão.
 
Na tabela, no início, observa-se o cálculo do custo mensal de Energia Elétrica de um consumidor da distribuidora CEMIG, da Classe A4 no Horário Sazonal Azul. São mostradas as Tarifas da ANEEL, publicadas na Resolução 1700 de 07 de abril de 2014 e a tabela com os custos mensais para o consumidor, não incluindo os impostos PIS/COFINS e ICMS.
 
O objetivo deste informativo é esclarecer sobre a criação das BANDEIRAS DE ENERGIA, que foram criadas para reduzir o impacto financeiro sobre as distribuidoras e o índice de reajuste anual de energia e seu efeito sobre o ESS.
 
O ESS cobre a diferença do preço da energia gerada por fontes de maior custo que a geração hidráulica, que é a mais barata. O ONS (Órgão Nacional do Sistema) é responsável pelo despacho das  usinas térmicas, quando não existe disponibilidade de usinas hidroelétricas suficientes para manter a demanda de energia.

No caso dos consumidores livres, a CCEE (Câmara de Compensação de Energia Elétrica), cobra o ESS no mês seguinte dos consumidores livres e dos cativos a responsabilidade do pagamento é das distribuidoras, que geram uma conta corrigida que será incluída no reajuste anual da tarifa do consumidor.
 
Visando reduzir o valor desta conta, foi criada a Tarifa das BANDEIRAS DE ENERGIA – VERDE AMARELA - VERMELHA, que permitirão a aplicação imediata de tarifas maiores aos consumidores cativos.
O sistema funciona da seguinte forma: ao término do mês o ONS avalia como foi o uso de fontes mais caras de energia: se foi normal mantem-se a BANDEIRA VERDE, se foi médio usa-se a BANDEIRA AMARELA e se foi intenso a aplicação será da BANDEIRA VERMELHA.
 
Na tabela, no início, observa-se o impacto causado pela aplicação das Tarifas das BANDEIRAS DE ENERGIA.
 
No caso da aplicação da BANDEIRA AMARELA, o impacto é de mais 6% e de mais 11% para a BANDEIRA VERMELHA.
 
Observa-se que a aplicação das Tarifas das BANDERIAS DE ENERGIA é automática,e significará um acréscimo nos custos da energia para todos os consumidores cativos, a partir de Janeiro de 2015.
 
O peso dos reajustes de Energia Elétrica será significativo para as empresas. Estaremos em um mercado recessivo, com muito pouco dinheiro circulando, com uma competição forte e com os produtos brasileiros sendo onerados pela Energia Elétrica cada vez mais em sua matriz de custos.
 
A solução é procurar alternativas dentro da empresa, substituindo motores antigos, atualizando circuitos elétricos e principalmente apoiando-se em experts na contratação da Energia e na escolha de melhores soluções de atendimento à suas necessidades.
 
Existem fontes alternativas de energia que levam a economia de 15 a 20% no custo mensal e o empresário de pequeno e médio porte, que não tem estrutura para manter um especialista nos seus quadros, deve procurar apoio de um consultor, senão perderá oportunidades ou fará escolhas pouco produtivas e não obterá os resultados desejados
 

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

As dificuldades do Sistema Elétrico Nacional

Gráfico 1

Objetivo :  Demonstrar as dificuldades do Sistema  Elétrico Nacional.
Apesar da intenção do governo no atendimento às demandas da indústria para a redução das tarifas de energia elétrica, o que ocorreu em janeiro de 2013  com a mudança dos contratos de concessão das geradoras que teriam seus contratos vencidos em 2014 e 2015 e o pagamento, a partir daí  apenas do O&M das usinas. Os valores passaram de R$100,00/MWh para R$30,00/MWh, criando o “benefício das cotas” de redução de preço. Esta medida foi correta mas não foi discutida com as empresas detalhadamente. Causando uma revolta pela perda de faturamento dos contratos de concessão das geradoras.

Estes contratos já haviam sido renovados após 30 anos. Muitos deles estavam no final da segunda fase de 20 anos e as concessionárias aguardavam novas renovações mantendo os valores praticados desde o início dos mesmos. Isto não era razoável porque a sociedade já havia pago o retorno às empresas pelo seu investimento nestes empreendimentos e, neste momento, era importante  reduzir o preço das tarifas de energia para aumentar a competitividade das indústrias brasileiras.  E, também, porque as novas unidades geradoras de energia  apresentavam custos maiores sendo necessário diluir estes novos valores com os das usinas já depreciadas no  tempo.

Foi efetiva esta medida, o que pode ser visto pela redução da tarifa média da Cemig, que passou por uma redução de aproximadamente 20% em janeiro de 2013, conforme pode ser visto no Gráfico 1.

Infelizmente ocorreu um atraso na realização dos leilões de energia nova que deveriam ser realizados no final de 2012 com preços competitivos. Isso causou um déficit na carteira das distribuidoras de energia, o que veio a ser crítico nos períodos seguintes. O déficit do sistema aumentou e o governo transferiu R$2,3 bi, em janeiro de 2013 e mais R$4 bi em janeiro de 2014 da Conta de Desenvolvimento Energético(CDE) para repor o sistema elétrico, mas não foi suficiente.

Foram necessários empréstimos junto aos bancos de R$6 bi no primeiro semestre de 2013, suplementares de R$11,2 bi  no início de 2014 e  outro de R$6 bi em agosto de 2014. O objetivo era cobrir o déficit das contas das distribuidoras que não poderiam repassar imediatamente os custos da energia térmica (R$1000,00/MWh), de custo  maior que a hidroelétrica (R$160,00/MWh). Esta energia foi comprada para suprir a baixa incidência de chuvas e o reduzido nível dos reservatórios de água das represas. Se isto ocorresse a inflação seria afetada e aumentada proporcionalmente e se não fosse feito ainda poderíamos sofrer um novo racionamento ou mesmo um apagão devido a falta de energia elétrica.

Estes empréstimos terão que ser pagos pelos consumidores no período de 2015 a 2019 e mesmo com o “benefício das cotas” da energia mais barata da renovação dos contratos de concessões das  geradoras a conta ainda será muito elevada.

Novamente no gráfico 1 observa-se o impacto na tarifa média da CEMIG causado pelos efeitos econômicos externos e a previsão de 25% de aumento em abril de 2015 que deverá se repetir nos próximos anos. Estas mesmas condições se repetirão nas outras concessionárias.

Ainda no gráfico acima, observa-se a incidência de dois tipos de cobertura dos “acidentes de percurso” e seus efeitos econômicos no sistema elétrico  brasileiro devido à sua grande dependência de bons períodos de chuva. Se por um lado traz um benefício de menor preço de energia elétrica e de um sistema menos poluente, por outro ficamos à mercê de um período mais pobre em  chuvas e aí os custos serão maiores e deverão ser cobertos.

Isto pode ser compensado pela sociedade, no caso das transferências da CDE, ou pelos consumidores que na realidade são os principais usuários dos benefícios da energia  elétrica, sejam os industriais ou residenciais.

Estes fatos demonstram com clareza o forte impacto dos aumentos das tarifas de energia elétrica nos próximos anos obrigando aos empresários a um exercício de paciência e descoberta de soluções para reduzir o efeito sobre a sua matriz de custo e a manutenção de seus mercados e de suas margens.