quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Bandeiras de Energia: o que são e como funcionam

Cálculos de custos (clique na imagem para ampliar)
 
No Brasil, o custo mensal da Energia Elétrica, calculado e estabelecido pela ANEEL para cada distribuidora, é composto das seguintes parcelas:

1 –DEMANDA
Parcela responsável pela remuneração da infraestrutura de transmissão e distribuição de energia elétrica. É calculada em função da carga de cada consumidor.  É um valor fixo mensal e caso ocorra ultrapassagem da demanda contratada será cobrada uma penalidade (3 x tarifa pela demanda acima da contratada).

2 - ENERGIA
Existem duas classes de consumidores: A e B. Os consumidores da Classe B não possuem diferenciação de horário de consumo, mas os da Classe A (acima de 2,5 KV) possuem uma divisão em dois tipos de horário: PONTA ( normalmente de 18:00hs às  21:00hs) e FORA DE PONTA (restante do dia). Isto ocorre devido ao pico do consumo no horário de PONTA, onde é fixado um aumento das tarifas, para desestimular o consumo neste período.
 
3 - ENCARGOS
Esta é a parcela onde são incluídas: a Taxa de Fiscalização da ANEEL, as contribuições da CIDE e da CCC e o ESS, que são os Encargos do Serviço do Sistema.. Podemos dizer que são as despesas extras, ocasionadas por manutenções ou emergências em linhas de transmissão ou subestações ou ainda uso de fontes de geração de energia elétrica mais cara que a estabelecida no padrão.
 
Na tabela, no início, observa-se o cálculo do custo mensal de Energia Elétrica de um consumidor da distribuidora CEMIG, da Classe A4 no Horário Sazonal Azul. São mostradas as Tarifas da ANEEL, publicadas na Resolução 1700 de 07 de abril de 2014 e a tabela com os custos mensais para o consumidor, não incluindo os impostos PIS/COFINS e ICMS.
 
O objetivo deste informativo é esclarecer sobre a criação das BANDEIRAS DE ENERGIA, que foram criadas para reduzir o impacto financeiro sobre as distribuidoras e o índice de reajuste anual de energia e seu efeito sobre o ESS.
 
O ESS cobre a diferença do preço da energia gerada por fontes de maior custo que a geração hidráulica, que é a mais barata. O ONS (Órgão Nacional do Sistema) é responsável pelo despacho das  usinas térmicas, quando não existe disponibilidade de usinas hidroelétricas suficientes para manter a demanda de energia.

No caso dos consumidores livres, a CCEE (Câmara de Compensação de Energia Elétrica), cobra o ESS no mês seguinte dos consumidores livres e dos cativos a responsabilidade do pagamento é das distribuidoras, que geram uma conta corrigida que será incluída no reajuste anual da tarifa do consumidor.
 
Visando reduzir o valor desta conta, foi criada a Tarifa das BANDEIRAS DE ENERGIA – VERDE AMARELA - VERMELHA, que permitirão a aplicação imediata de tarifas maiores aos consumidores cativos.
O sistema funciona da seguinte forma: ao término do mês o ONS avalia como foi o uso de fontes mais caras de energia: se foi normal mantem-se a BANDEIRA VERDE, se foi médio usa-se a BANDEIRA AMARELA e se foi intenso a aplicação será da BANDEIRA VERMELHA.
 
Na tabela, no início, observa-se o impacto causado pela aplicação das Tarifas das BANDEIRAS DE ENERGIA.
 
No caso da aplicação da BANDEIRA AMARELA, o impacto é de mais 6% e de mais 11% para a BANDEIRA VERMELHA.
 
Observa-se que a aplicação das Tarifas das BANDERIAS DE ENERGIA é automática,e significará um acréscimo nos custos da energia para todos os consumidores cativos, a partir de Janeiro de 2015.
 
O peso dos reajustes de Energia Elétrica será significativo para as empresas. Estaremos em um mercado recessivo, com muito pouco dinheiro circulando, com uma competição forte e com os produtos brasileiros sendo onerados pela Energia Elétrica cada vez mais em sua matriz de custos.
 
A solução é procurar alternativas dentro da empresa, substituindo motores antigos, atualizando circuitos elétricos e principalmente apoiando-se em experts na contratação da Energia e na escolha de melhores soluções de atendimento à suas necessidades.
 
Existem fontes alternativas de energia que levam a economia de 15 a 20% no custo mensal e o empresário de pequeno e médio porte, que não tem estrutura para manter um especialista nos seus quadros, deve procurar apoio de um consultor, senão perderá oportunidades ou fará escolhas pouco produtivas e não obterá os resultados desejados
 

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

As dificuldades do Sistema Elétrico Nacional

Gráfico 1

Objetivo :  Demonstrar as dificuldades do Sistema  Elétrico Nacional.
Apesar da intenção do governo no atendimento às demandas da indústria para a redução das tarifas de energia elétrica, o que ocorreu em janeiro de 2013  com a mudança dos contratos de concessão das geradoras que teriam seus contratos vencidos em 2014 e 2015 e o pagamento, a partir daí  apenas do O&M das usinas. Os valores passaram de R$100,00/MWh para R$30,00/MWh, criando o “benefício das cotas” de redução de preço. Esta medida foi correta mas não foi discutida com as empresas detalhadamente. Causando uma revolta pela perda de faturamento dos contratos de concessão das geradoras.

Estes contratos já haviam sido renovados após 30 anos. Muitos deles estavam no final da segunda fase de 20 anos e as concessionárias aguardavam novas renovações mantendo os valores praticados desde o início dos mesmos. Isto não era razoável porque a sociedade já havia pago o retorno às empresas pelo seu investimento nestes empreendimentos e, neste momento, era importante  reduzir o preço das tarifas de energia para aumentar a competitividade das indústrias brasileiras.  E, também, porque as novas unidades geradoras de energia  apresentavam custos maiores sendo necessário diluir estes novos valores com os das usinas já depreciadas no  tempo.

Foi efetiva esta medida, o que pode ser visto pela redução da tarifa média da Cemig, que passou por uma redução de aproximadamente 20% em janeiro de 2013, conforme pode ser visto no Gráfico 1.

Infelizmente ocorreu um atraso na realização dos leilões de energia nova que deveriam ser realizados no final de 2012 com preços competitivos. Isso causou um déficit na carteira das distribuidoras de energia, o que veio a ser crítico nos períodos seguintes. O déficit do sistema aumentou e o governo transferiu R$2,3 bi, em janeiro de 2013 e mais R$4 bi em janeiro de 2014 da Conta de Desenvolvimento Energético(CDE) para repor o sistema elétrico, mas não foi suficiente.

Foram necessários empréstimos junto aos bancos de R$6 bi no primeiro semestre de 2013, suplementares de R$11,2 bi  no início de 2014 e  outro de R$6 bi em agosto de 2014. O objetivo era cobrir o déficit das contas das distribuidoras que não poderiam repassar imediatamente os custos da energia térmica (R$1000,00/MWh), de custo  maior que a hidroelétrica (R$160,00/MWh). Esta energia foi comprada para suprir a baixa incidência de chuvas e o reduzido nível dos reservatórios de água das represas. Se isto ocorresse a inflação seria afetada e aumentada proporcionalmente e se não fosse feito ainda poderíamos sofrer um novo racionamento ou mesmo um apagão devido a falta de energia elétrica.

Estes empréstimos terão que ser pagos pelos consumidores no período de 2015 a 2019 e mesmo com o “benefício das cotas” da energia mais barata da renovação dos contratos de concessões das  geradoras a conta ainda será muito elevada.

Novamente no gráfico 1 observa-se o impacto na tarifa média da CEMIG causado pelos efeitos econômicos externos e a previsão de 25% de aumento em abril de 2015 que deverá se repetir nos próximos anos. Estas mesmas condições se repetirão nas outras concessionárias.

Ainda no gráfico acima, observa-se a incidência de dois tipos de cobertura dos “acidentes de percurso” e seus efeitos econômicos no sistema elétrico  brasileiro devido à sua grande dependência de bons períodos de chuva. Se por um lado traz um benefício de menor preço de energia elétrica e de um sistema menos poluente, por outro ficamos à mercê de um período mais pobre em  chuvas e aí os custos serão maiores e deverão ser cobertos.

Isto pode ser compensado pela sociedade, no caso das transferências da CDE, ou pelos consumidores que na realidade são os principais usuários dos benefícios da energia  elétrica, sejam os industriais ou residenciais.

Estes fatos demonstram com clareza o forte impacto dos aumentos das tarifas de energia elétrica nos próximos anos obrigando aos empresários a um exercício de paciência e descoberta de soluções para reduzir o efeito sobre a sua matriz de custo e a manutenção de seus mercados e de suas margens.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

A otimização nos custos de Energia


Conceito:

Análise energética na empresa e a redução no custo de energia na  matriz de custos na empresa, usando, se for o caso, sugestões de confiabilidade comprovada.
A economia e a rentabilidade nas empresas brasileiras está, e continuará, sendo impactada negativamente pelo elevado crescimento do custo da energia elétrica no período de 2014 até 2020, devido à pequena incidência de chuvas  e à redução dos reservatórios das recentes hidroelétricas implantadas no país.
Nossa matriz de geração elétrica baseada em hidroeletricidade (acima de 60%) e, às dificuldades e custos causados pela pressão na área ambiental, tem influenciado fortemente nos custos deste insumo nas empresas.

O Engenheiro e Consultor, Aldemir Jorge Pinto, Conselheiro da ABRACE, (Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia e Mercado Livre), demonstra, com dados de órgãos públicos oficiais (MME, ANEEL, ONS, EPE) e privados, que apesar da redução de 20% dos custos das tarifas de energia elétrica, pela ação do governo com a mudança da filosofia das concessões das geradoras de energia elétrica de 2012, a falta de chuvas em  2014,  reduziu significativamente o estoque de água nos reservatórios, com a consequente necessidade de uso da geração termoelétrica e elevação no  custo para 4 vezes àquele praticado, normalmente.

Este fato levou a um déficit no sistema elétrico acima de R$50 bi a ser a pago pelos consumidores residenciais e industriais nos próximos cinco anos, causando a perda da competitividade e a redução das margens e rentabilidade nas empresas nacionais.

Além disso, a defasagem no preço da gasolina e do diesel, para controle da inflação, causou um prejuízo enorme à Petrobras e deverá ser corrigido nos próximos meses e, também, afetará o equilíbrio econômico das empresas.


Será necessário um esforço extra na adaptação à nova era nos custos de energia nas empresas e apenas experts poderão ajudá-las a resolvê-los.
Propomos uma discussão, a partir das necessidades de seu negócio, para analisar ideias e proposições concretas, já testadas e aprovadas de redução nos custos e, ainda, permitir uma maior independência na sua empresa em relação à sua matriz energética.
Nossa expertise é exatamente esta e nos colocamos à disposição para juntos, atingir os objetivos de ganhos propostos na área de energia.